Argumento
Um argumento não é uma proposição.
Ele é uma composição de proposições.
Por exemplo: 'Faz sol.', 'Hoje choveu pela manhã.', 'Fui ao shopping
ontem.', 'Estou com dor de cabeça.', 'A grama é sintética.',
'Tenho muita saudade dele.', são apenas proposições,
não são argumentos.
Mas, a composição: 'Se fizer sol, irei
ao shopping. Faz sol, logo, irei ao shopping.'. Este exemplo é
um argumento.
Argumento lógico (ou silogismo lógico)
Um argumento é lógico se ele conclui
uma proposição particular a partir de uma proposição
geral e se ele concluir o conseqüente afirmando-se o antecedente.
Exemplos do primeiro tipo:
Todo homem é mortal. (premissa geral)
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal. (conclusão particular)
Este argumento é denominado de argumento lógico válido.
Observação: Para que ocorra a inferência neste
exemplo, ou seja, para que ocorra o raciocínio mental que leva
das premissas à conclusão, foi necessário o termo
médio - homem, ele possibilita a mediação das premissas
para a conclusão. Sem o termo médio a inferência não
é possível.
Uma característica importante do termo médio é que
ele nunca aparece na conclusão.
Veja o mesmo exemplo sem o termo médio:
Todo homem é mortal.
Sócrates é gordo.
Logo, Sócrates é mortal.
Observação: Por não existir o termo médio
não foi possível a inferência válida. Neste
exemplo, a única conclusão possível é 'Logo,
Sócrates é gordo.'
Este argumento é chamado de argumento lógico não
válido.
Exemplos do segundo tipo:
Se chover irei ao cinema.
Choveu.
Logo, irei ao cinema.
'Se chover' - antecedente
'irei ao cinema' - conseqüente
Verbo 'chover' - termo médio
Este argumento é argumento lógico e válido.
Observação: Foi afirmado o antecedente 'choveu' e conclui-se
pelo conseqüente 'irei ao cinema'.
Veja o mesmo exemplo, porém não válido
Se chover irei ao cinema.
Fui ao cinema.
Logo, choveu.
Ele é um argumento lógico não válido porque,
foi afirmado o conseqüente 'Fui ao cinema' e concluído o antecedente
'choveu'.
Vamos tomar o exemplo sobre Sócrates para este caso:
Argumento lógico válido:
Todo homem é mortal.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
Argumento lógico não válido:
Todo homem é mortal.
Sócrates é mortal.
Logo, Sócrates é homem.
Conclusão: A lógica de um argumento está vinculada
a forma com que é construída. Ela não se refere ao
conteúdo nem das premissas e nem da conclusão. O último
exemplo pode ser escrito deste modo:
Todo A é B. (premissa geral)
C é A.
Logo, C é B (conclusão particular)
A é o termo médio.
Desta forma o argumento é lógico e válido.
Em função disso, pode-se escrever:
Todo zebetrix é zibilex.
Zapalix é zebetrix.
Logo, zapalix é zibilex.
Não sabemos o que sejam zebetrix, zibilex e zapalix,
mas mesmo assim podemos afirmar que o argumento é lógico
e válido.
Quando Aristóteles formulou pela primeira vez
o silogismo lógico utilizou um exemplo razoável (o exemplo
sobre Sócrates mostrado acima), pois sua pretensão foi a
de que fosse útil para os debates filosóficos e para os
debates na pólis.
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