A linguagem alfabética foi determinante para a crítica dos poemas homéricos (Ilíada e Odisséia) e hesiódicos (Teogonia e O trabalho e os dias). Ela surge em tabuinhas na ilha de Creta. Os gregos passam a usá-la para fixar a linguagem oral em linguagem escrita. Assim, os poemas épicos são lidos freqüentemente e os primeiros filósofos (os pré-socráticos) identificam o antropomorfismo (forma humana) e também atitudes humanas dos deuses, com por exemplo: os deuses tinham raiva, sono, insônia, eram vingativos, se emocionavam. Isso serviu para os filósofos negarem a sua existência enquanto entidades sobrenaturais e torná-los apenas fruto da imaginação humana. A ausência dos deuses e de suas histórias para explicar os fenômenos fez surgir uma crise entre estes pensadores, que partiram à busca de uma linguagem diferente da narrativa para explicar os fenômenos. Nesta busca, inventaram o logos (linguagem racional= linguagem coerente e pertinente). A coerência desta linguagem apresenta-se como uma seqüência hierarquizada das frases e a pertinência refere-se a causa dos fenômenos vinculados ao próprio contexto de cada fenômeno e não separado dele como eram as narrativas mitológica. A linguagem alfabética escrita influenciou também na linguagem política e esta também influenciou a linguagem filosófica. |