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As principais características filosóficas do
humanismo renascentista são:
1º o retorno da centralidade do homem no trato das coisas humanas
iniciada na cultura ocidental pelos sofistas, isso ocorre pela revalorização
da Antiguidade Clássica;
2º a relocação de Deus da transcendência para
a imanência;
3º o ser humano é coautor, juntamente com o Deus imanente,
das transformações da natureza e de si próprio;
4º o homem passa admitir a possibilidade da auto-construção
de si mesmo;
5º a adoção da idéia de uma humanidade universal,
retomando a idéia platônica de universalidade e essencialidade;
6º a adoção do modelo romano de política (a
república) por Maquiavel;
7º a revalorização da estética grega das proporções
apolíneas;
8º o heliocentrismo de Copérnico e Galileu.
A invenção da imprensa facilitou a divulgação
do humanismo renascentista, e deu força para um pensamento cada
vez mais crítico em relação à filosofia cristã.
A partir disso, ao homem não cabe apenas contemplar a obra divina,
cabe também a sua transformação para o seu benefício.
O fato do homem perder a centralidade como a criação mais
importante de Deus ao ser jogado na órbita do Sol, fez com que
o homem deixa-se de ser importante para Deus para ser importante para
si mesmo. Este fato pode ser lido no texto acima quando Picco della Mirandola
diz: "Não te fiz celeste nem terreno, mortal nem imortal,
para que por ti próprio, como livre e soberano artífice,
te plasmes e te esculpas na forma que previamente escolheres.
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